/almofadas-coracao/dp/222C6A

quinta-feira, 22 de março de 2012

Fecha-se o Diagnostico

Desse ponto em diante, fecha-se o diagnóstico: os doloridos estão deprimidos e tudo o que sentem é psicossomático. Estão doentes porque querem, porque não têm força de vontade para reagir, porque são fracos, se acovardam frente às dificuldades da vida. Entregaram-se e preferem se esconder atrás da dor a ter que enfrentá-la.

Simples assim! A vítima passa a vilã, a algoz vira esconderijo e os felizardos que têm o privilégio de não saber o que é dormir e acordar, rotineiramente, com dor assumem o papel de juiz. Pronto. Agora que tudo está resolvido, a história continua: O portador da dor crônica sofre diariamente, calado porque muitas vezes não tem forças nem para reclamar, enquanto que os demais sempre que sentem algum incômodo doloroso se irrita, se apavora, procura ajuda, se trata, fica novamente saudável. 

Diz um ditado popular que “só conhece a quentura da panela a colher que a está mexendo”. A brilhante sabedoria popular se aplica ao tipo de sobrevivência dos que vivem com dor crônica. Só quem sofre na quentura dessa panela consegue entender o mal-humor, a aparente tristeza e impaciência de seus companheiros. Porém, não é preciso que você se torne um de nós para que seja capaz de se solidarizar conosco. Basta que, no dia em que sentir uma dor chata e insistente, você imagine como seria sua vida se ela decidisse viver constantemente ao seu lado, como uma intrusa e insuportável companheira. 

Não gostou de se imaginar nessa situação? Não tem problema, para você isso é só uma imaginação..


Creditos: A FERNADA

Nenhum comentário:

Postar um comentário